segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A NOITE SOLITÁRIA


Final da tarde de domingo, vinte e oito de maio, minha familia realizava uma viagem triste, meu tio havia falecido em um atropelamento, na marginal Tietê-SP.Todos chocados com a noticia vão ao velório permaneço em minha casa com minha cadela Meg.
A noite vem lentamente, o sol desaparece sobre as nuvens, o tempo esfria, as luzes dos postes acendem e vem grotescamente e, com certeza em péssima hora, uma garoa que junto ao vento cortante molha as janelas, trazendo um certo medo e incerteza de que aquela noite iria dormir.Peguei uma xicara de café, bebi mesmo sem açúcar ou leite, a cadela latia consecutivamente, me deixando mais medrosa.Fui ao computador, mais nada me fazia esquecer a tragédia marcada pela noite; pensei em deitar para esfriar a cabeça, e por fim adormecer, mas uma terrível dor de cabeça atrapalhou os meus planos; com a luz do celular acendi a lâmpada que iluminou inteiramente meu quarto para, então na cozinha, abrir a caixa de remédios e tomar uma aspirina, mas quando passei pela sala de televisão vi que estava ligada e tinha me certificado que toda a casa estava as escuras como imagina, sem entender como a TV estava ligada, segui em direção ao corredor; ao me deparar com a Meg, dou um grito pelo susto provocado e, finalmente chego a cozinha e tomo o remédio com um gole de água.Certamente com medo da solidão provocada pela ausência dos meus familiares.
O telefone toca. Era a mamãe, avisando que havia chegado. Desligo o celular feliz e ao mesmo tempo triste. Retorno o caminho do meu quarto, quando o pior acontece; a luz de todas as casas da rua desligam; havia estragado o poste por causa das chuvas que havia piorado, adicionado a trovoadas e relâmpagos.Guio de cabeça baixa, com a lanterna do meu celular, até meu quarto, com muitas lágrimas de medo e solidão.Para meu desespero sinto um vento cortante vindo do meu dormitório com uma breve luz que ampliava os meus objetos.Chego até lá.Era dia vinte e nove de maio, três da madrugada. Sou bem recepcionada pelas minhas amigas Tai, Lucy, Nana, Sá e Fran.Era meu aniversário, juntas transformamos o medo em alegria, felicidade e harmonia.Comemoramos meus 15 anos esperando a volta da minha família, com a Meg.